segunda-feira, 9 de junho de 2008

Receitas...


Uma... Duas... Quatro... Cinco... Seis horas da manhã, o dia começa clarear lá fora, aqui dentro pulsa um coração... Incomodado, desacelerando, mas pulsa!


Ja tentei minhas mil receitas pra dormir, dos chás à maconha e daí ao lexotan, nada fuciona agora...

Fico levemente letárgico...E aborrecido.


Houve noites em que só estar vivo era suficiente, houve tardes em que a maior dádiva era sentar nalgum banco de praça e olha o sol deitar lá longe por detrás dos açaizeiros...


O mar aqui, é uma coisa muito distante... Não se pode tocar, nem sentir o sal, o mar é uma miragem.


Eu ainda quero ver o mar...


No dia em que eu cheguei aqui, coinscidentemente a terra tremeu. Houve temor, desespero, clamor por deuses antigos, muito arrependimento...


Hoje eu sei que não era coniscidencia, era uma resposta firme deste lugar à chegada de mais um alegre-deprê, nascia mais um bocólico... Que desfiaria terços de lágrimas nas tardes chuvosas dessa cidade...


Eu ainda quero ver o mar, deitar na areia quente, olhar por horas a fio pra o horizonte... Tentando imaginar até onde este mar me levaria


São sete e meia, o sol ja se levantou e grita na minha janela que ha vida lá fora.. Com os olhos ainda miúdos e envoltos na insonia, eu corro até a jenela e procura esta vida... Mas é mentira.


Fecho a janela e a cara na cara do sol, mas ele continua entrando, e projeta todos os meus fantasmas brigando com a minha sombra na parede atrás de mim...

Um pensamento me escapa entre-dentes: "Preciso de cortinas pretas..."

São oito horas...

Ouço do quarto ao lado em uma voz delicada e rouquinha: "Bom dia paaaaaaaaaaaaai..."

Decido desligar o computador e ir fazer o café...



Bom dia!!


(Bufo)