segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
happening
O vermelho e o preto, calados em si mesmos guardados.
Ela dança,
no vazio,
no nada.
(to de boa cara)
Tudo pára, ela respira e começa a se reinventar como num happening, como num improviso...
O vermelho e o preto surgem e enchem a noite de tons secretos.
Ela dança,
no vazio, no nada sem sons e cheio de semi-tons de cores amareladas.
Mas quando ela dança tudo muda.
As cores aparecem e não somente o vermelho.
As paisagens se recompoem em leves esquemas simples como aquarelas e se oferecem a nascer com o dia,
o preto,
o vermelho e o amarelo começam a dançar na tela branca de um alvo sem alma que de tão alvo é muda.
Ela muda o dia quando começa a dançar.
Tinge de paixão seu vestido, tinge de alegria a vida inutil, tinge de felicidades os olhos da gente.
Isso quando ela dança.
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