terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dançando no escuro

Fui eu quem abri aquela fenda no chão e sem querer mergulhei tanto  e fui tão fundo para baixo... De uma maneira tão calma e de tal forma tão serena e sem medo que agora eu não consigo voltar.



Venha na minha casa qualquer dia desses e vamos sentar no escuro da sala, vamos tentar não pensar em muita coisa, tentar não pensar em nada enquanto ficamos ali escondidos do tempo.

É difícil falar sobre tudo isso, é mais fácil beber ate cair, ate que dia implore a vinda da noite e a esta pedimos que dure o tempo que preciso for pra não pensar nos campos cheio de flores.

Não tenho mais medo de sentir o modo como a terra percebe o meu peso enquanto ando por aí; passo a passo esmagando sementes... Tenho medo de perceber como deixo pras trás coisas que eu acho importante.
Hoje eu queria deitar no chão e silenciosamente e sem dor, e sem tédio e sem explicação me deixar morrer








Um comentário:

Marcelo Perez disse...

Ei, meu brother, deixei um comentário agora, mas não entrou...então eu tava dizendo que também deixei muita coisa pra trás e isso é o que mais assusta os meus dias. Medo? Não sei...nunca volto pra semente...tem vezes que penso nas passadas pesadas em minha cabeça...
parabéns e abração, gostei muito!