segunda-feira, 26 de julho de 2010

Andróide sem par (2)

 

 
PS.  "Quando a gente olha muito tempo pra dentro do abismo, o abismo também olha pra dentro da gente. "

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Corre - dor


Lá onde tudo é claro, explicado e não ha subentendidos, todos fazem isso ou aquilo sem olhar no manual, lá a vida é previsivel e se apresenta em apenas um tom... Nada precisa ser explicado por que tudo está como está e como estará sempre.

Não sei dizer se prefiro assim ou se me arrisco em algo novo, não sei dizer o que é o novo pois sou velhos deste de que nasci.

Neste mundo aqui ha apenas duas paredes,







( Me disseram que gente colorida nunca envelhece...)

domingo, 18 de julho de 2010

Sobrevoando a natureza morta dos que vivem sem dor,

 sem nada.

 - Quem ele?

 - É uma louco, um desses que não tem vergonha na cara nem quer...

- Ele me parece bacana..

 - Tu achas mesmo?! Vo te dizer uma coisa: ele tem "talento pra loucura..." ele vive nas praças gritando coisas que niguém entende, que niguém quer entender. ele não tem amigos, nem lugar neste mundo.

 - Eu conheço tipos como ele... estetipo de bufão fala verdade e por isso fingem que o ignoram mas no fundo mau dormem a noite com a voz dele nos ouvidos... gritando verdade que ninguém quer ouvir. Meu medo é que este tipo de gente morra.

-...

Andróide sem par


De repente era loucura, era olha dentro de si como se olha pra um abismo. Pior que o medo e a surpresa, pior que susto, a vertugem e o surto... Pior que tudo isso  junto era se reconhecer naquele abismo.

Depois, mais tarde suando frio e embriagado (Por que há momentos de extrema lucidez que só podem se dar quando em uma hora de completa  embriagues) entendi que quando se passa por uma coisas dessa não tem mais tempo pra sentir  medo.

Muito antes disso tudo, eram felizes os passeios pelas órbitas assombradas dos teus olhos e eram bem tranquilas as visitas aos teus planetas, eu só nunca gostei dos lugares onde havia gente, gente é mesquinha e estranha: se espremem em elevadores, constroem estradas mas não sabem em que direção ir, sentem muito ódio mas não sabem por quem, se desnudam na frente de câmeras mas não se conhecem, arriscam a partilha do que lhes pertence, matam quando tem medo, urram desnorteados a cada capitulo da novela, choram de solidão, gozam nas próprias calças, fabricam mais gente... Parecem animais no zoo... Nunca gostei de gente.

Foi lendo poesia que conheci o abismo, foi escrevendo para teatro que eu saltei pra dentro do meu abismo... Depois que se salta não tem volta, frear isso seria uma sobre vida como caminhar sem vida entre os vivos, seria se alimentar da sua própria pele e sangue até que por fim não sobre nada.

Raio de sol, flor, xote, vontade de ir passear lá looonge onde o tempo esquece da gente, pensamentos coloridos no papel.... É isso aí. Fui.


Eu queria me tornar algo próximo do humano... Não, gente não: HUMANO.





Jhonny Russel