domingo, 26 de dezembro de 2010

O ser amado pode ser traiçoeiro;

Pode ter a cabeça oleosa e ser dado a atos de maldade.


Poder ser um homem de quarenta e tantos anos que trabalha demais, pode ser um rádiorrelogio, pode ser uma moça de ancas larga  e macias, pode seu uma doninha, um cão, pode ser... Pode ser!


O ser amado mente e trai.








(fico lendo Kelly Link e pirando o cabeção)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Boa noite




Escrevo minha historia a partir duma carta esquecida em baixo da minha cama, da lágrima que secou no rosto. Mensagens colhidas no vazio... Nãotenho sem esperança de que elas enocntrem  um lugar onde pousar.

Singular momento de desencontro comigo; quando paro, reflito, espero e desespero quando percebo que a única conclusão é que não há conclusão possível.

Corro riscos e não arrisco nunca em promessas que faça. Quero apenas aquilo que for possível e nunca me alimento.
É meio assim de maneira sem saber como nem de que jeito, mas é assim que vou me escrevendo. E quer saber duma coisa?! Não haveria no mundo maneira de eu conseguir fazer diferente. (nem que eu quisesse)

Mas é uma lembrança assim azul que me convida e me guia por aí... E eu vou.

- “Desperte dorminhoco” – Era o que ela parecia dizer naquele sonho mudo, naquele sonho em que guitarras tinham o poder sobrenatural de nos tirar do céu e faze-nos danças com notas furta-cores e tons híbridos de compasso e ritmo bem próximo do que é e como é um coração humano.

E nesses sonhos tecemos grandes bordados de lendas planos desmazelados tal e qual as nossas tantas e promessas de amor eterno.

Vez por outra eu te tirava pra dançar, vezes por uma tu me dava tudo de ti assim como se dá um filho ao sacrifício, assim de uma maneira alegre e muito própria de ti, maneira esta que eu jamais conseguir alcançar

Eram loucos estes sonhos, pois neles eu te jurava um amor sem medida e sem igual, e o mais louco de tudo era que tu tomavas como verdade todas as minhas mentiras... Eram pra ti todas minhas juras. Eram loucas todas as minhas juras.

Não sei se acreditarias se eu te contasse que hoje eu tenho paz. É uma paz bem fraquinha, suja e quase morta. Uma paz pequenininha assim ó... Mas ainda sim paz.

Mas isso, entendamos, é bem apropriado para quem só enganou, fugiu e mentiu em nome dum falso amor.

Boa noite dorminhoca.





( achei num beck up beeeeem antigo,  de 2002).

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sem título

Foi da beira do rio que eu vi o povo grande chegar.

Tinha gente preta, gente homem e gente bicho. Trouxeram muita coisa na cangalha: trouxeram gado, ferramentas, roupas estranhas e gripe.
Os barcos a motor iam e vinham toda hora levantando o barro do fundo do rio, o barulho das máquinas soava a noite inteira sem parar, os homens pisavam as folhas abrindo trilhas pela mata, fumavam muito e carregavam seus paus de fogo que berravam alto toda vez que aparecia um animal

Um dia eles se assustaram com alguma coisa de dentro do mato e fugiram rápido com o coração bombeando medo. Deixaram tudo pra trás; deixaram máquinas, bichos, muita desordem e algumas histórias...


Eu assisti a tudo isso aqui da beira dio rio.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Santo do pau oco


Onde está o teu deus agora?
Crimes históricos escondidos em traços singelos de fitas coloridas de aves-maria inconsolaveis.
O manto sagrado da santa esconde toda sorte de malvadezas realizadas em  nome de sua santidade; Uma ave maria de pau, de gesso, de barro de uma ave maria morta e mentirosa.



Que mae comeria as mãosdo filho ( enquanto o filho se debate de dor e raiva no chão)que deseja lhe enfeitar a fronte?

Fede a bosta e a mentira o santo véu do sepulcro.



"Escrever certo por linhas tortas"  não é  uma justificativa plausivel.

"O fim justificar os meios" não é sofrimento suportavel para quem é de carne e osso.


Exista, e prove que existe, ou desista e vá logo embora que ue preciso cuidar da vida.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"E essa sede pode me matar"

Olha, tenho fome, tenho desejo, tenho pouco tempo...

Me tras um pouco de água, me conta uma historia do tempo que eramos jovens e o tempo não tinha fim.

Persegui por muito tempo o sentimento errado; ele me fez um bem por algum tempo e depois virou cinza. e isso foi talvez a coisa mais honesta que me tenha acontecido.

O tempo secou os meus olhos e entupiu as latrinas, o tempo me isolou aqui donde argumento nenhum me alcança. daqui vejo passar, ao longe, os batalhões indo pra guerra e eu aqui sem poder fazer poema.

O tempo secou os meus olhos, cristalizou no meu peito um frio que nunca passa, me deu uma lugar pra morar, um lugar assim onde ninguém me vê, mas não foi isso o que eu pedi?!

estamos combinados