A bifurcação na estrada obrigava o andarilho a tomar uma decisão; havia apenas dois caminhos e essa verdade era absoluta.
Para qualquer que fosse a direção, não dava para carregar tudo aquilo que o acompanhou por tantos anos; a dor, a vontade de esquecer, o desespero de ter tomado o caminho mais longo e principalmente o fato de não ter ninguém a quem culpar.
Na primeira escolha ele deveria acertar as contas com o tempo, se perdoar (Oh, isso seria inteiramente novo para ele...) Na segunda, ele continuaria a se esconder, fugir e negar aquilo que era....
Não pude ficar para saber que caminho ele escolhera, mas soube, muito anos depois, por pessoas que passaram por lá, que o andarilho continuava no mesmo lugar, olhando pra mesma bifurcação da estrada.
Para Bel e para A. Cruvinel
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