quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Por não ser de mim

Espreito em mim um verso,
que da boca quer fugir para ter paz.


Não permito; sufoco.


Ora,
nunca fui de fazer versos...


Tomo cuidado,
encho de carinhos e permissões
o silêncio que alongo;
nele sei me esconder.


Porque...

Ora!
Nunca fui de fazer versos!

3 comentários:

Mateus Maia disse...

...
na verdade,
são os versos que te fazem,
não o contrário.

Adrianna Coelho disse...


eu acho mesmo que vc os respira... :)

Rodrigo M. Freire disse...

adorei.

esconde-se perfeitamente em um não-saber tão paradoxo de sabido.

abraços, Russel!