quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Não vou permitir novamente que minha mão vague a tatear no vazio de um quarto escuro.


Daquela tarde eu lembro das andorinhas no quintal de casa, lembro dos teus olhos vernelhos, os pratos quebrados na pia, o resto do bolo da festa de aniversario da noite anterior, o vento que trazia a areia salgada da praia.

Da noite anterior lembro dos pés molhados e da boca seca, as nuvens nuas lá longe deitando sobre nós uma sombra de conforto e certeza de que o mundo nunca acabaria, ao menos não naquela noite, poemas sujos lidos ao bom gosto de vinhos doces e cigarros improvisados.

Lembro também das mãos suadas, da carne trêmula sob uma colcha de retalhos também vermelhos e dos teus olhos azuis que sempre me confundiam de modo a não me deixar saber se era céu ou oceano aquilo que eu via quando te olhava.


PS. De manhã eu acordei e antes de abrir os olhos eu pensei; Tomara que tudo tenha sido apenas um terrivel pesado, mas quando olhei meus pesadelos estavam lá, sentados à cabeceira da minha cama e disseram: "Bom dia menino jhonny, estavamos só te esperando pra começar..."


Nenhum comentário: