quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Eu te amo não diz tudo!





Dez anos depois eles se encontraram.
O tempo fora generoso com ambos; tinham profissões com as quais pagavam as contas e sobrava sempre um trocado pro whisky e pra ajudar quem tivesse menos.
Ela sorriu quando o viu entrar no bar naquela noite. Ele não a reconheceu, ou fingiu não reconhecer. Havia ainda muita magoa naquele coração.

Ela foi ao seu encontro e enquanto ele pagava o maço de cigarros ela cutucou seu ombro... Ele quase se denunciou.

Ela sentiu novamente aquela emoção de quando eles eram um, de quando a cidade festejava aquele romance. Esta era a primeira vez que eles se viam ou se falavam em dez anos, desde que ele fora morar em outro estado.

-Fala bonitão, que surpresa agradável! – E o abraçou.
- E ai menina, nossa... Uma eternidade.

Conversaram a noite toda. Não transaram, não trocaram contato e nem prometeram se ligar. Se despediram.

Ele – Eu tenho a sensação que não passamos de “dois estranhos que por algum tempo dividiram a mesma cama...” - Pensou antes de acender outro cigarro.

Ela – O que será que ele quis dizer com “eu te amo”? – Lembrando-se do ultimo momento em que se viram há dez anos atrás.



-Fim -




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