Dez anos depois eles se
encontraram.
O tempo fora generoso com ambos;
tinham profissões com as quais pagavam as contas e sobrava sempre um trocado
pro whisky e pra ajudar quem tivesse menos.
Ela sorriu quando o viu entrar no
bar naquela noite. Ele não a reconheceu, ou fingiu não reconhecer. Havia ainda
muita magoa naquele coração.
Ela foi ao seu encontro e enquanto
ele pagava o maço de cigarros ela cutucou seu ombro... Ele quase se denunciou.
Ela sentiu novamente aquela emoção
de quando eles eram um, de quando a cidade festejava aquele romance. Esta era a
primeira vez que eles se viam ou se falavam em dez anos, desde que ele fora
morar em outro estado.
-Fala bonitão, que surpresa agradável!
– E o abraçou.
- E ai menina, nossa... Uma
eternidade.
Conversaram a noite toda. Não transaram,
não trocaram contato e nem prometeram se ligar. Se despediram.
Ele – Eu tenho a sensação que não
passamos de “dois estranhos que por algum tempo dividiram a mesma cama...” - Pensou
antes de acender outro cigarro.
Ela – O que será que ele quis dizer
com “eu te amo”? – Lembrando-se do ultimo momento em que se viram há dez anos atrás.
-Fim -
-Fim -
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