Esta história é sobre as vontades de gente como eu que teima em entender as flores e sobre as vontades de flores que teimam em contrariar os homens
Foto: Jhonny Russel |
As flores sabe?!
(Elas às vezes falam comigo.)
E claro que eu nunca respondi nem mesmo ao mais simples ou curto dos comentários de sua parte. Porque eu sou gente e gente não deve responder às flores.
(Gosto de ouvir as flores cantarem.)
Claro que nunca direi isso a elas. E se o disseres eu serei taxativo (e mentiroso) - “Não, eu nunca pronunciei tais palavras”
(Mas o fato é que gosto e muito de ouvir as canções de flores.)
Gosto do seu hálito pela manhã, gosto do jeito como balançam em dias de brisa fria. E gosto do jeito como se curvam ante a força esmagadora e opressora dos ventos em madrugadas solitárias de muita tempestade e desejos. (Nisso também há canções.)
Certa vez ouvi como quem ouve sem querer, a conversa de flores que habitavam o jardim de meu pensamento.
Flor com espinho - Tu sabes dele? Faz semanas que não nos vem ver as pálidas faces!
Flor sem espinhos - Não sei dele, nem de seu paradeiro. Menos ainda da razão pela qual assim nos deixou abandonadas. Na certa deve estar agora procurando novas flores pra trazer pra este seu jardim.
(Isso era verdade.)
Sempre me pus a desvendar novas maneiras de conquistas e desafios sobre tudo o que faz referencias a flores.
As flores sabe?!
Elas às vezes falam comigo.
Um comentário:
eu quiz ter te presenteado uma flor, no dia do teu aniversário =)
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