domingo, 26 de dezembro de 2010

O ser amado pode ser traiçoeiro;

Pode ter a cabeça oleosa e ser dado a atos de maldade.


Poder ser um homem de quarenta e tantos anos que trabalha demais, pode ser um rádiorrelogio, pode ser uma moça de ancas larga  e macias, pode seu uma doninha, um cão, pode ser... Pode ser!


O ser amado mente e trai.








(fico lendo Kelly Link e pirando o cabeção)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Boa noite




Escrevo minha historia a partir duma carta esquecida em baixo da minha cama, da lágrima que secou no rosto. Mensagens colhidas no vazio... Nãotenho sem esperança de que elas enocntrem  um lugar onde pousar.

Singular momento de desencontro comigo; quando paro, reflito, espero e desespero quando percebo que a única conclusão é que não há conclusão possível.

Corro riscos e não arrisco nunca em promessas que faça. Quero apenas aquilo que for possível e nunca me alimento.
É meio assim de maneira sem saber como nem de que jeito, mas é assim que vou me escrevendo. E quer saber duma coisa?! Não haveria no mundo maneira de eu conseguir fazer diferente. (nem que eu quisesse)

Mas é uma lembrança assim azul que me convida e me guia por aí... E eu vou.

- “Desperte dorminhoco” – Era o que ela parecia dizer naquele sonho mudo, naquele sonho em que guitarras tinham o poder sobrenatural de nos tirar do céu e faze-nos danças com notas furta-cores e tons híbridos de compasso e ritmo bem próximo do que é e como é um coração humano.

E nesses sonhos tecemos grandes bordados de lendas planos desmazelados tal e qual as nossas tantas e promessas de amor eterno.

Vez por outra eu te tirava pra dançar, vezes por uma tu me dava tudo de ti assim como se dá um filho ao sacrifício, assim de uma maneira alegre e muito própria de ti, maneira esta que eu jamais conseguir alcançar

Eram loucos estes sonhos, pois neles eu te jurava um amor sem medida e sem igual, e o mais louco de tudo era que tu tomavas como verdade todas as minhas mentiras... Eram pra ti todas minhas juras. Eram loucas todas as minhas juras.

Não sei se acreditarias se eu te contasse que hoje eu tenho paz. É uma paz bem fraquinha, suja e quase morta. Uma paz pequenininha assim ó... Mas ainda sim paz.

Mas isso, entendamos, é bem apropriado para quem só enganou, fugiu e mentiu em nome dum falso amor.

Boa noite dorminhoca.





( achei num beck up beeeeem antigo,  de 2002).

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sem título

Foi da beira do rio que eu vi o povo grande chegar.

Tinha gente preta, gente homem e gente bicho. Trouxeram muita coisa na cangalha: trouxeram gado, ferramentas, roupas estranhas e gripe.
Os barcos a motor iam e vinham toda hora levantando o barro do fundo do rio, o barulho das máquinas soava a noite inteira sem parar, os homens pisavam as folhas abrindo trilhas pela mata, fumavam muito e carregavam seus paus de fogo que berravam alto toda vez que aparecia um animal

Um dia eles se assustaram com alguma coisa de dentro do mato e fugiram rápido com o coração bombeando medo. Deixaram tudo pra trás; deixaram máquinas, bichos, muita desordem e algumas histórias...


Eu assisti a tudo isso aqui da beira dio rio.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Santo do pau oco


Onde está o teu deus agora?
Crimes históricos escondidos em traços singelos de fitas coloridas de aves-maria inconsolaveis.
O manto sagrado da santa esconde toda sorte de malvadezas realizadas em  nome de sua santidade; Uma ave maria de pau, de gesso, de barro de uma ave maria morta e mentirosa.



Que mae comeria as mãosdo filho ( enquanto o filho se debate de dor e raiva no chão)que deseja lhe enfeitar a fronte?

Fede a bosta e a mentira o santo véu do sepulcro.



"Escrever certo por linhas tortas"  não é  uma justificativa plausivel.

"O fim justificar os meios" não é sofrimento suportavel para quem é de carne e osso.


Exista, e prove que existe, ou desista e vá logo embora que ue preciso cuidar da vida.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"E essa sede pode me matar"

Olha, tenho fome, tenho desejo, tenho pouco tempo...

Me tras um pouco de água, me conta uma historia do tempo que eramos jovens e o tempo não tinha fim.

Persegui por muito tempo o sentimento errado; ele me fez um bem por algum tempo e depois virou cinza. e isso foi talvez a coisa mais honesta que me tenha acontecido.

O tempo secou os meus olhos e entupiu as latrinas, o tempo me isolou aqui donde argumento nenhum me alcança. daqui vejo passar, ao longe, os batalhões indo pra guerra e eu aqui sem poder fazer poema.

O tempo secou os meus olhos, cristalizou no meu peito um frio que nunca passa, me deu uma lugar pra morar, um lugar assim onde ninguém me vê, mas não foi isso o que eu pedi?!

estamos combinados

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ele e ela

“Andavam por ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.” (?)

O resto vem com a chuva.



Eu odeio professias de qualquer tipo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Agora "resta pouco a dizer."

Agora e vou recolher tudo,

Vou pegar oque tenho  e vou partir.

Desculpa pela forma como eu agí, descupa pela maneira desconfianda como olho pro mundo, desculpa por meus escuidos e desculpa a minha queda.
Aliás, "desculpa é o caralho". Eu não te devo nem favores; eu nãopedi pra enxergar e definitiamente eu não pedi pra ser comperendido. Então se gente vai fazer um compedio dos nossos erros, um catálago das nossas merdas... Então baby, estamos realmente desgastados, estamos realmente muito  fodidos.

E é hora de partir; deixar pra trás a chuva das quatro,  o vento quente no corredor de mangueiras... É melhor deixar tudo isso pra trás antes que seja necessario pedir desculpas.


Agora eu vou tentar levar tudo com mais tranquildade, mas vo estar sempre com as malas arrumadas, por que nofim das contas são sempre os mesmo nomes.

Agora ja resta pouco a dizer.




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Alma de papel

 
Há um colápso invisivel no meu peito.
 
Desses que a gente só sabe que está lá mas não pode ver.... ( O meu peito em noite muito fria lembra dela, e esmaga dentro de si um coração que só cala e perdoa )

Existe uma anjo torto pairando sobre minha cabeça.
Desses que se riem por tudo e vivem caido bebados deixando minha guarda aberta.... ( Esse tipo de anjo é só na vida, e procura te consalar o tempo todo mas não dá conta nem si )

Eu tenho na pontas dos dedos uma fúria que não sei controlar. Uma fúria branda, que cativa pela sua força e desencanta pela fragilidade que jorra quando... Eu choro. ( e eu sempre choro..)

Eu vivo em um mundo pequeno, com pessoas pequenas,  de barrigas avantajadas e cérebros estreitados, com ruas estreitas que sempre acabam me levando ao nada ( quando vou por esssas ruas procurando a ultima dose da noite ou a primeira do dia, sempre me deparo com as mesmas caras, com os mesmos velhos sorrisos amarelos..)


Por fim, eu tenho uma alma que não pode ser morta. Não pode se morta nem por espada nem por reza, nem chumbo nem pelo mais terrivel feitiço. E embora maltratem meu coração calado...
Minha alma continuará lamentando!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Construção do caos

Todo dia um pedaço novo se desprende de mim...

e
va
g

a...

Transgredindo, navegando, indo além do que eu esperava.

Ainda assim minha alma se debate dentro do meu peito como alguém que fora sepultado vivo,  e meu corpo esmurra as paredes deste mundo como escravo que pate em navio navegando rumo ao um mundo doente e  desconhcido.

Eu grito para espantar os demonios, as lembranças, o frio a fome...

Todo dia meus olhos se voltam pra o horizonte e é como se eu tivesse alcançado algo de extremo em mim, é como se eu não me conhecesse mais. em seguinda me vem o despero de saber que isso tudo está muito longe de terminar.

Então eu grito na tentativa de encontrar um prumo (paz, alivio ou até memso a morte) enquanto corro em alta velocidade nessa jornada sem volta rumoa  desconstrução de mim.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O amor tece dor

E se tu não tivesses ido comigo naquela noite?

E se tu nunca me tivesse tirado pra dançar?

E se eu nunca tivesse te deixado (foram tantas vezes... desculpe) me beijar daquele jeito tão cheia de amor?


E se nunca tivessemos nos apaixonado?

E se....

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dançando no escuro

Fui eu quem abri aquela fenda no chão e sem querer mergulhei tanto  e fui tão fundo para baixo... De uma maneira tão calma e de tal forma tão serena e sem medo que agora eu não consigo voltar.



Venha na minha casa qualquer dia desses e vamos sentar no escuro da sala, vamos tentar não pensar em muita coisa, tentar não pensar em nada enquanto ficamos ali escondidos do tempo.

É difícil falar sobre tudo isso, é mais fácil beber ate cair, ate que dia implore a vinda da noite e a esta pedimos que dure o tempo que preciso for pra não pensar nos campos cheio de flores.

Não tenho mais medo de sentir o modo como a terra percebe o meu peso enquanto ando por aí; passo a passo esmagando sementes... Tenho medo de perceber como deixo pras trás coisas que eu acho importante.
Hoje eu queria deitar no chão e silenciosamente e sem dor, e sem tédio e sem explicação me deixar morrer








quarta-feira, 29 de setembro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ele é rei do mar, ele é rei do mar




Hoje botei minha guia  e vesti uma camiseta azul. Hoje botei minha guia e fui andar na rua pra saldar  Ogum!

Sobre recomeços e sobre as varias maneiras de se estar perdido...






Pequeno ensaio sobre a solidão
Talvez perder-se seja um começo pra tentar um encontro consigo.

Talvez o desespero seja o caminho para a calma... talvez.

O que sei com ceteza é que nunca na vida eu estive tão confuso e indeciso.





(ao menos eu tenho aquele sorriso de volta)



domingo, 26 de setembro de 2010

"Dois desconhecidos que dividiram a mesma cama...

Me lembrei que passei metade do meu tempo tentando alegrar o mundo a tua volta.
To aqui procurando uma maneira de lembrar de ti pra sempre.


Qual a cor dos teus olhos?
Qual a minha fruta preferida?
Qual a tua altura?
Qual meu maior medo?

Foi tudo uma farça, uma farça bem bonitinha mas ainda assim uma farça...






Adieu, vous rencontrer à Paris...





(A merda daquele fime não sai da mina cabeça)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"Hoje eu acordei mais cedo [...] Procurei a noite na memória; procurei em vão.


Agora eu sei viver no escuro. Até que a chama se acenda.

...


Hoje eu acordei livre; não devo nada a ninguém nem ha nada que me prenda."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Feliz aniversário otário


Um brinde, a minha bela, triste e mal-cuidada cidade. Às festas e aos lugares onde pude rir e planejar pro futuro.



Um brinde aos meus filhos que hoje são a única razão pra eu continuar "amassando com minhas patas sagitárias o ventre mole deste mundo".
Um brinde a minha mãe ( pelo amor nesses longos 31 anos) irmãos e sobrinhos... ( sei que estive distante...) Aos irmãos que conquistei fora de casa (por confiarem em mim)
Um brinde aos amores do passado, do presente e aos amores que estão por vir (....)



Um brinde especial para quem encheu minha cabeça de sonhos (depois deu ter decidido que sonhos são coisas muito ruins pra pessoas como eu) minha vida de alegria, encheu minha casa de sol e vida, cativou meus filhos e chamou-os de seus. Um brinde a quem me disse que era possível e depois não segurou a onda, pediu desculpas, pegou suas coisas e foi embora.


Um brinde aos amigos vivos e aos amigos que o tempo devorou. Em especial aquele que o mar reclamou pra si e o outro que cochilou dirigindo. (Não vou chorar)
Não vou chorar por que agora vou falar dos amigos que estão aqui: Lu, Emerson, Milton, Mattiola... Pessoas que me aturam a uma década.


Um brinde aos amigos de infância.

E um brinde muito especial aos meus novos amigos.

Um brinde e feliz aniversário.





jhonny russel




sábado, 11 de setembro de 2010

Jazz

A cidade estava afogada em jazz. Que ritmo mais louco pra uma despedida. Melhor que tango, melhor que qualquer coisa... Seria não ter de despedir.
Um céu muito escuro, os cabelos ruivos ainda molhados e ela indo embora entrando no corredor que dá pra sala de embarque do aeroporto de Val de Cães em Belém.
Não sei por que me veio “Belle and sebastian” à cabeça... Assovio uma estrofe... (aliás, eu sei sim por que me veio à cabeça...)
Pensei comigo: ”que bom que ela conseguiu se desprender de tudo isso aqui, agente sempre quis ir embora... É legal que ao menos um de nós tenha conseguido.” ( e tive de engolir o ranço ao ver que o outro de nós, o que fica, sou eu)

Antes de sumir totalmente no corredor ela ainda virou pra me olhar como a dizer: ”Vamos, volta atrás nessa tua decisão cara... vamos nos dar uma nova oportunidade”. Lembrei-me de uma guitarrada doida, tipo BB king...

A boca tava seca, bebi a noite toda pra não ter condições físicas nem morais pra me levantar naquela manhã e, no entanto, lá estava eu pra tentar gravar no metal dos meus olhos ainda talvez um ultimo sorriso.

Mas me vem na cabeça toda a cagada que foi, todo o processo... Eu precisei de mais de um ano pra me recuperar. “Melhor não meu bem” – Foram as minhas ultimas palavras ao telefone na nossa ultima conversa dias antes de ela entrar naquele avião.
Pensei, bem que pode ria chover agora e como por encanto, ela (a chuva) começou a cair sobre a pista de pouso e decolagem. Ri por dentro.

Nas minhas histórias sempre há chuva, nos momentos tristes, mas principalmente nos momentos felizes, acho mesmo que chuva combina com tudo na vida. Igual a café.

Ainda fiquei muito tempo ali ouvindo o jazz que saía das turbinas dos aviões, dos passos apressados das pessoas, das descargas dos automóveis e na hora e que o avião se distanciava pra sempre dos meus objetivos de vida, eu pude ver uma chuva de beijos e saudade caindo sobre a minha cidade.


Não sei o que me doeu mais.
Aliás, eu sei sim.

Bye, bye.

"Tu me lembras um poema...

... que eu não lembro.

Uma canção que nunca foi feita e um lugar muito bonito que eu nunca visitarei."




 Vo lemra de ti assim: um beijo que nunca quis dar.


Depois disso é  vida seguindo do modo como deveria ter sido sempre.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nos levaram ao comflito das nossas diferenças....



Levaram-nos ao conflito de nossa diferenças, nós caímos nesta armadilha e agora talvez eu já tenha matado aquilo que fui, talvez eu vá viver assim evitando isso que sou. agora talvez ja seja muito tarde pra tentar qualquer coisa delicada entre nós... Nós ja temos muita coisa "um contra o outro".

E uma coisa que era linda e poderia muito ser o ponto de união mais forte entre nós agora é o fio condutor da raiva, do conceito antecipado, da inveja e rancor que nos faz erguer punhos contra irmãos nossos.


Caimos na armadinha dos grandes que sonham grande ea lmoçam nossos fígados em mesas escondidas cheias pompa.


Não, não é que eu não goste de ti, mas tuas atitudes mesquinhas, Elas de fato tornam mais difícil a tua a minha existência juntas...
 As tuas condutas cheias de ardis é que te cegam e isso é ruim pra quem quer ser pop estar. Por que tudo nessa vida é merecido, ou não é? Deveria.

Não é que eu não goste de ti, o meu problema é com todas as pessoas.
Ainda estou vivendo aqui neste mundo de quatro dimensões aparentemente aprisionado no espaço e no tempo.

Se toque.
 


Bufo Estapafúrdio
Trecho de “A Alegria de Morrer”

Ela disse: "Eles não querem ir sem mim e eu não quero ir com eles..."




A ampulheta quebrada deixa vazar fora o tempo. Há areia nos olhos, há vidro nos olhos, não há luz nos olhos.

Há fumaça no ar, há no ar éter e letargia, há tempero e pouco comida.

Vou partir agora; o sol calcina, a estrada é interminável e os amigos estão mortos. Pelo menos eu estou para eles.


Eu não conheço a origem do meu poder, nunca li nenhum salmo, nunca sonhei...


Vou, vai embora em outra direção.

Vai junto mas com passos lentos... Deixe que eles caminhem na frente já que tem pressa.

Quando eles estiverem distraídos na sua marcha cega, quando não estiverem olhando, tome outro caminho e te percas deles.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pra ter perto o arco-ires, eu tive de aprender a tolerar a chuva....


No escuro eu ficava calado, com o copo vazio na mão

No escuro eu permanecia como a fitar exaustivamante no breu algo que estivesse ali, mas nao se via....

Fechei os olhos e isso inacreditavemente fez crecer a escuridão.

Plumas leves delizando entre os dedos, cores simples, musica feita de silencios e tudo abrigado em uma aconchegante casa de folhas.

Eu aprisionado em meu casulo de ácido.




Eu vi o futuro mas me esqueci, mas ela não era nada diferente daquilo que ja aconteceu...




(mas até isso passou...)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu vou me dar uma nova chance

"Quando ela descobrir que há milhões de flores iguais a ela, ficará muito triste. Pensei que eu fosse rico. Achei que tivesse a flor mais singular de todo o mundo, mas só tinha uma rosa comum."







Eu também ja tinha visto este filme: uma vez, duas... enfim

Mas por algum motivo, que eu inda não consigo explicar, achei que poderia ter final diferente!

Uma merda! tudo igual, igualzinho!

Dai repito uma coisa que ja tinha dito: "Tinha memso alguma coisa de belo, ou era eu me forçando, inventando beleza e colocando nas cosas?"

Mas a beleza ( beleza?) talves este nisso mesmo!



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Andróide sem par (2)

 

 
PS.  "Quando a gente olha muito tempo pra dentro do abismo, o abismo também olha pra dentro da gente. "

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Corre - dor


Lá onde tudo é claro, explicado e não ha subentendidos, todos fazem isso ou aquilo sem olhar no manual, lá a vida é previsivel e se apresenta em apenas um tom... Nada precisa ser explicado por que tudo está como está e como estará sempre.

Não sei dizer se prefiro assim ou se me arrisco em algo novo, não sei dizer o que é o novo pois sou velhos deste de que nasci.

Neste mundo aqui ha apenas duas paredes,







( Me disseram que gente colorida nunca envelhece...)

domingo, 18 de julho de 2010

Sobrevoando a natureza morta dos que vivem sem dor,

 sem nada.

 - Quem ele?

 - É uma louco, um desses que não tem vergonha na cara nem quer...

- Ele me parece bacana..

 - Tu achas mesmo?! Vo te dizer uma coisa: ele tem "talento pra loucura..." ele vive nas praças gritando coisas que niguém entende, que niguém quer entender. ele não tem amigos, nem lugar neste mundo.

 - Eu conheço tipos como ele... estetipo de bufão fala verdade e por isso fingem que o ignoram mas no fundo mau dormem a noite com a voz dele nos ouvidos... gritando verdade que ninguém quer ouvir. Meu medo é que este tipo de gente morra.

-...

Andróide sem par


De repente era loucura, era olha dentro de si como se olha pra um abismo. Pior que o medo e a surpresa, pior que susto, a vertugem e o surto... Pior que tudo isso  junto era se reconhecer naquele abismo.

Depois, mais tarde suando frio e embriagado (Por que há momentos de extrema lucidez que só podem se dar quando em uma hora de completa  embriagues) entendi que quando se passa por uma coisas dessa não tem mais tempo pra sentir  medo.

Muito antes disso tudo, eram felizes os passeios pelas órbitas assombradas dos teus olhos e eram bem tranquilas as visitas aos teus planetas, eu só nunca gostei dos lugares onde havia gente, gente é mesquinha e estranha: se espremem em elevadores, constroem estradas mas não sabem em que direção ir, sentem muito ódio mas não sabem por quem, se desnudam na frente de câmeras mas não se conhecem, arriscam a partilha do que lhes pertence, matam quando tem medo, urram desnorteados a cada capitulo da novela, choram de solidão, gozam nas próprias calças, fabricam mais gente... Parecem animais no zoo... Nunca gostei de gente.

Foi lendo poesia que conheci o abismo, foi escrevendo para teatro que eu saltei pra dentro do meu abismo... Depois que se salta não tem volta, frear isso seria uma sobre vida como caminhar sem vida entre os vivos, seria se alimentar da sua própria pele e sangue até que por fim não sobre nada.

Raio de sol, flor, xote, vontade de ir passear lá looonge onde o tempo esquece da gente, pensamentos coloridos no papel.... É isso aí. Fui.


Eu queria me tornar algo próximo do humano... Não, gente não: HUMANO.





Jhonny Russel


sexta-feira, 4 de junho de 2010

[Ontem olhando pra um ceu absurdamente estrelado..

 ... bolei uma ideia e,

 


                                    

               deixei  a mente

                                                                 aberta

                                               flutuar
               no
















                                                          v    a   g     o



















(para Marina)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ponderando sobre o devaneio

Ela diz:
 (que ela - a flor- te irradia um cheiro jardim sobre teu quarto, um gosto de pétala e o prazer d'um abraço apertado em ti)
 
Ele diz:
 É qeu nessa vontade doida de fazer e se encotrar naquilo que traz, faz tudo pelo fim, e faz do inicio um motivo pra não acabar... deixo cair no chão um pouco de letras e vazo apartamento a fora por entre teus dedos...



(Depois eu continuo)

terça-feira, 9 de março de 2010

Comprando ilusões sem poder pagar...

"
Um filme na tevê
Um corpo no sofá
Um tempo pra moer
o vidro do olhar
E a vida a passar
A vida sempre a passar
Passar

"


























Foto: Adalberto Junior
Texto: Zeca Baleiro



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Partícula-r

Pra andar eu começo por onde a estrada acabou.


Ja pasei pelo templo das horas, não entrei,


Aqui onde o caminho começa, ir-se é como amanhecer um pouco de cada vez mas Sem som, sem furta-cores no sousticios primaveris.

Fico pequeno dos olhos dos que ficam na passagem por onde vou. Adeus.


Um, dois, três passos pra frente e sempre preciso parar pra pensar, respirar e olhar o caminho que se constróia à frente à medida que ando. A ultima regra é nunca descançar.


Aqui neste ponto, a paisagem é sempre distante; um lugar proximo de qualquer realização besta, um lugar entre o mar escuro e as rochas indelicadas. É preciso passar por entre esses dois flagelos... E passaremos;


Mesmo com pouca fé, com os tornozelos inchados e com as costas em carne-viva pelo peso das mochilas carregadas de vida e vivencias. Passaremos.


Não faço a mínima ideia do que me espera lá do outro lado deste trecho entre a morte e a morte. Talvez o caminho se prolongue ainda mais, a estranda se alargue ou se estreite pra tentar me fazer parar, talves a estrada não acabe nunca. Mas isso não me preocupa, preocupante é que este caminho que faço, faço sozinho, é ver como o mediocre refaz suas forças ao assistir os fracassados.

Ando e as paradas servem unicamente para cavar as trincheiras que podem muito bem me salvar numa hora em que precise recuar. Mas não era este o legado que desejava deixar aos que por qualquer desventura ainda tem este caminho por refazer, eu gostaria de ter plantados flores na orla do meu pensamento, flores ao largo dos rios nos quais lavei meu corpo, meu rosto. Aqui acontece de tudo, menos aquilo que se espera.


Eu gostaria de saber fazer poemas, mas me tornei um gerador de planilhas metafóricas e cálculos imprecisos. Um comum observador deste tempo de vagas ironias.



Mas quem saberá dizer o que a vida ainda me reserva?!



"Nada é possivel que se diga, antes que conteça."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ontem, hoje... daqui pra frente / Alumiará?



Ontem foi assim:

Pela manhã eu ouví um: "Eu te amo de graça !" Que fez alumiar meu coração.

A noite devoramos um pote de sorvete ( aqueles que vem com raspinhas de chocolate branco) colo, carinho e isso tudo sem nenhuma pretenção além daquela simples e pura de ta ali olhando na cara do outro e falando de si, sem máscaras... E pensar que tinha me esquecido das propiedade curativas desse itens citados aí em cima.


Hoje de manha:

E tive o melhor "Bom dia" dos meus ultimos tempos, com risos e abraços bem apertados... E mais uma vez devolveram pros meus olhos uma alegria esquecida faz tempo.


Nos dias anteriores a hoje, os dias eram de desesperadas tentativas de fuga e eu terminava o dia dizendo: Tomara que amanhã eu obtenha melhor êxito!


Ja ele, um dos quais eu amo muito, me disse: "Eu sei que tu queres te sacanear, mas não sacaneí
as pessoas que gostam de ti."



Mais um dia. Hoje sem chorar uma só vez... A vida vai passando eu vou esquecendo.


Obrigado minha gente.

Boa noite.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Isso e aquilo.





Aquilo que não me move, não me diz respeito



( e aquilo que me dizia respeito não me move mais)






coisas da vida! ( mas, e agora? )




sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Carnaval, carnaval...




Já me desfiz dos panos velhos,
larguei mao toda tolice de querer ser ou pertencer a alguém ou alguma coisa.

Os lençois, queimei-os todos, teu suor, limpei-me dele.



Resta este a-gosto teu na limgua, de madrugadas de puro quentume e gemido ( disso me desfaço depois, deixa-me um pouco mais esse gosto aqui, este salgado trêmulo pedaço teu... Só pra chorar e sentir saudade.)



Quanto mais imbecil me sinto melhor, tanto mais enfio no rabo meu próprio orgulho e digo que nunca mais ( ... )


Eu sempre fico muito triste qundo chega o carnaval.